O VENTO
Solano Brum
O vento tira tudo do lugar;
Bate porta e janela qual fosse com a mão.
Por entre fios elétricos, parece assoviar;
Intenso e veloz desperta minha atenção!
Tento enfrentá-lo se estou na contramão;
E se lhe dou as costas, quer me empurrar.
O mais terrível tem a forma do tufão...
Porém sem ele, ficamos sem respirar!
Desce o monte às vezes desembestado
Como caça perseguida por caçador;
Outras vezes, com perfume adocicado!
Quem dera à noite, debruçado na janela,
Chorando mágoas da ausência do meu amor
Ele levasse a falta que sinto dela!
= = = =
Quem estiver lendo esse Soneto, atente para a pagina da Poetisa Analiamaria, sobre o texto SER MAE. Infelizmente ela não nos deixa parabeniza-la por sua forte expressão literária. Mas é importante lê-lo.
MAIS UMA LINDA INTERAÇÃO. PARABÉNS MEU AMIGO E POETA JACÓ.
VENTO MENSAGEIRO
Jacó Filho
Quando peço ao vento que traga,
Ao menos teu perfume para mim.
É porque a saudade que me rasga,
Impõe uma dor, que não teria fim...
Emoções queimando feito brasa,
Moldam no ar anjos e querubins...
Quando peço ao vento que traga,
Ao menos teu perfume para mim...
Percebendo que o céu me notara,
E sabendo que se acontece assim,
Emoções queimando feito brasa,
Moldam no ar anjos e querubins;
Moderam o tufão que começara,
Pra finalmente ouvir-te dizer sim,
Percebendo que o céu me notara,
E sabendo que se acontece assim,
É porque a saudade que me rasga,
Impõe uma dor, que não teria fim...
= = =