DESILUSÃO
Solano Brum
Ontem rezei para que hoje ela voltasse
Pedindo a todos os Santinhos em oração!
Na macumba me benzeram; tomei passe
Debochando das pantomimas do Pai João!
Confesso: eu continuo na mesma solidão;
Todo dia; por todo o dia, igual impasse…
“- É coisa feita!” disse o caboclo na Sessão;
“Rosas ao Mar!” Insinuou-me que jogasse!
E eu que dei à ingrata, tantas delas;
Curei com beijos feridas e querelas
Porque chegara, para mim, desiludida!
Em todo jogo, sempre ganho a partida,
Mas, no amor, - nem fechando o cerco…
Se uma chega, logo se vai e eu a perco!
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INTERAÇÃO A ESTA POESIA
PEREGRINO
Solano Brum
Indago a um e a outro, por onde andas;
Quais caminhos pisam os teus és ligeiros?
Às areias brancas da praia; ao mar; às ondas
Indago; até os céus dos albatrozes altaneiros!
Aos pescadores em seus barcos pesqueiros
Talvez terão notícias tuas doutras bandas!
Ao vento que ulula nas folhas dos coqueiros
Indago… Mas ninguém sabe por onde andas!
Tornei-me na busca, um pobre peregrino
A tropeçar nos caminhos, sem sul ou norte,
Pressagiando um final triste ao meu destino…
O fato é que nunca perdi no jogo até então…
Só no amor… Não consigo ter a sorte
Mesmo que seja para me pôr a rir da desilusão!
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OBSERVAÇÃO
A Poesia acima, foi publicada no Recanto das Letras em 06/08/2019 sendo uma INTERAÇÃO
a Poetisa Aila Brito, ao seu Soneto Peregrino do Amor, T 72300080, de 12/04/2021
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OUTRA INTERAÇÃO DO MEU AMIGO POETA JACO FILHO. OBRIGADO
SONHOS FRUSTRADOS
Jacó Filho
Não me lembro dum sonho satisfeito,
E minha vida vai se esgotando,
Tendo da frustração os efeitos,
Que as minhas alegrias vão minguando...
Sem rainha no tabuleiro,
E sem gás pro candeeiro,
De ter jogo, não há jeito,
Pra continuar tentando,
Não me lembro dum sonho satisfeito,
E minha vida vai se esgotando...
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QUE LINDA INTERAÇÃO MEU CARO POETA. TENHO DITO: EU PUBLICO TODAS AS INTERAÇÕES QUE CHEGAM À MINHA PÁGINA, COM SATISFAÇÃO E AGRADECIMENTOS.
PRIMEIRA DESILUSÃO
Herculano Alencar
Dá-me teu seio, acende a luz do meu passado,
Abre teus lábios, põe a boca ao meu dispor,
Esconde o ventre sob a sombra do amor
E te perdoarei o último pecado.
Dá-me teu beijo, aquele beijo cobiçado,
Que não morreu nos lábios secos do amante,
O beijo apaixonado que, num só instante,
Juntou paixão e ódio de um mesmo lado.
Dá-me teu sonho, mesmo sendo pesadelo.
Dá-me teu riso, pois eu fiz por merecê-lo
Quando chorei por ti nos ombros da paixão.
Dá-me o seio, o beijo, o sonho... dá-me o riso
E moverei o mundo inteiro, se preciso,
Para esquecer da dor quando disseste não.
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