Solano Brum
Nem tudo que brilha é ouro! Encanta
Se a peça for banhada pelo metal!
A vesguice, nos olhos de uma Santa,
Faz o pobre peregrino passar mal!
Árvore linda, bem ramada, frondosa,
Sem frutos... Vira lenha de fogueira!
Das flores, título de rainha é da Rosa;
Mas deixa o pobre Cravo com tonteira!
Chuva fina umedece a terra seca;
A mentira é passageira para quem peca;
Cães ladram, mas, a caravana passa...
No entanto, traição sendo desgraça;
Que, desde Caim nos segue até então;
Somente Deus, tem pra ela o perdão!
= = = = = = =
Devemos ler - para quem nunca leu - Affonso Romanio de Sant’Anna, do Livro POLÍTICA E PAIXÃO, Pag 89/90 – O Texto MORTE VIOLENTA DE MULHERES – SOMOS TODOS ASSASSINOS.
Todavia, por ser um Poeta, eis a bela Poesia:
O AMOR E O OUTRO
Affonso Romano de Sant’Anna
Não amo
Melhor
Nem pior
Do que ninguém.
Do meu jeito amo.
Ora esquisito, ora fogoso,
Às vezes aflito
Ou ensandecido de gozo.
Já até com nojo.
Coisas fabulosas
Acontecem-me no leito. Nem sempre
De mim dependem, confesso.
O corpo do outro
É que é sempre surpreendente.
= = = = =
(O lado esquerdo do meu peito: Livro de aprendizagens.
Todavia, o mais interessante dele é:
Sou um dos 999.999 Poetas do País.
Todavia, o que me surpreende é quando leio alguém dizer que falo muito de amor nos versos, mas eu pergunto: O que seria de Shakespeare ou Camões, até mesmo Platão, o qual buscou informações sobre o Mitológico Eros, com a Sacerdotisa e Filósofa Diotima, se não falassem de amor? Então, lá pelos meus 16 anos, uma Mestra deu a dica: “Se queres conquistar uma menina, faça para ela Poesias de Amor!” Nunca mais parei. Porque, agora, aos 83 anos? É justo deixar de lado tudo que aprendi?