VERSOS DISPERSOS III
( I ) BILHETE
Solano Brum
Quem dera o que me chegara à mão
Naquela tarde airosa e tão sonhada,
Fosse carta, trazendo-me a emoção
Na grafia caprichosa e eperfumada!
Correspondência da doce namorada,
Com palavras que dopam o coração;
De longa escrita, mas, apaixonada;
Sobre a saudade, o amor e a paixão!
Quem dera fosse, vinda por Correio,
As que nos invadem o peito de anseio,
Como surpresas em tardes Outonais!
Ah! Quem dera fosse! Como queria!
Mas era apenas um Bilhete que dizia:
“- Pensei bem e não te quero mais!”
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( II ) PÉTALAS DE FLORES
Solano Brum
Não só na Primavera vemos flores!
Também as vemos, em outra Estação
De pétalas perfumadas e iguais cores,
Por serem de Deus, excelsa criação!
Qualquer flor traz em si ostentação;
Rosas de Santa Terezinha e louvores!
Numa braçada vem o clima da paixão;
Na procissão, embelezam os andores!
As primeiras a enfeitarem os salões,
No Fraque, destacadas na lapela (*)
Ou jogadas sobre tampas de caixões!
E lá estava ao abrir o meu caderno,
A pétala de uma rosa e a letra dela,
Jurando para mim, seu amor eterno!
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(*) Símbolo do Romantismo – Dizem que, a tradição sirgiu no Século XIX, quando o Príncipe Albert recebeu um ramalhete de sua amada e sem saber o que fazer, fez um rasgo na lapela da casaca e as colocou ali par sentir o perfume das flores ferecidas por sua noiva.
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A uma frase do Poeta Francês Chamfort
“Um dia sem rir é um dia desperdiçado!
( III ) UM SORRISO
Solano Brum
Estando perto de sua boca desejada,
Ofereci-lhe bem mais que um sorriso.
Na conquista a esse bem fora preciso
Causa maior que ponta d'uma espada!
O sorriso, foi uma flecha incendiada
Da incauta Eva ao amado no Paraíso;
Foi a doce vaidade que feriu Narciso,
Por ver sua face na água espelhada!
Foi arma poderosa naquele instante;
O Conserto numero Sete em Lá Maior
Oferecida a um Beethoven iniciante!
E sem dar como desperdiçado o dia,
- Atento aos conselhos de Chamfort,
Ofereci-lhe, também, minha Poesia!
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E O QUE DIGO, QUANDO LEIO SEUS LINDOS SONETOS?
Difícil escolher o melhor. se UM SORRISO, PÉTALAS DE FLORES ou BILHETE.
"Será que há o que dizer ainda,
Algo do amor que ainda não foi dito,
De tanto que dele se tem escrito
Em tanta história, cada qual mais linda.
O amor não morre, o amor não finda,
Este conceito se tornou um mito.
Se é imortal, que seja bendito,
E só nos traga o bem a sua vinda."
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SOLANO BRUM - comentários
Apenas Diotima, saberia dizer, meu caro Poeta,
pois, alguém, de maior sapiência sobre o amor,
foi se consultar com ela, sobre esse sentimento que endeusa toda alma aaixonada
e atravessa milenios;
o qual, foi cantado pelos maiores Poetas de outrora,
- como Camões, - que, quase nada deixou para quem,
hoje, quer exaltá-lo.
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OBRIGADO POETA.
Para UM SORRISO.
Um Piauiense Armengador de Versos
O sorriso da pessoa amada, de per si já é indiscritível,
salvo numa poesia.
Quando se junta sorrisos com inspiração,
métrica e uma rima incomum,
dá Solano Brun.
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OBRIGADO MEU CARO POETA. REALMENTE O POETA FRANCÊS ESTAVA CERTO.
SORRISOS
Resgatam na alma os belos sentimentos,
E sendo cativante pode ser para sempre,
Mil marcas futuras, levadas do presente,
E talvez um amor, nascido no memento...
Aumentam nos rostos, belezas naturais,
Pra quem ver sorrindo alguém que ama...
Acendem desejos, pondo fogo na cama;
Na face do filho, demonstram algo mais...
Dos imponderáveis efeitos secundários,
Nascidos no sorriso de bocas sedutoras,
Arma-se cupidos de flechas promotoras...
Mesmo se floresce em lábios ordinários,
Sorrisos ditam ordens jamais opressoras...
Agindo contra tristezas como redentoras...
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SINCEROS LÍRICOS DO POETA. PARABÉNS
Mil vezes um bilhete dizendo não te quero mais
pois aí tem sinceridade,
vale mais que o silêncio da traição.
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APAIXONADO POR ESSE TEU SORRISO... OBRIGADO POETISA.
Caro poeta amigo Solano, apenas inspiração do teu belo Soneto
SORRISO NO PEITO ABERTO
DOCE VAL
O sorriso como grão de amor floresce
Tal qual a primavera que gesta as flores, ele cresce
Chega ao coração em ensaio de promessa por certo
Habitando este terreno que ontem foi deserto.
Assim prospera, como a flora depois das intempéries
Na solidão, a iluminar desde o alvorecer as madrugadas
O desejo de beijar este sorriso o sangue aflora, ferve
Nascendo o amor que talvez nos leve as emboscadas.
De querer beijar este lábios, meu ser geme, desfolha
Isto me dará frisson, paixão, talvez depois a calma
Sonhando que da tua boca, chegarei a tua alma.
Levando-me e ter delírios, belos, juvenis sem escolha
E se meu sentido e senso mentisse, eu jamais te diria,
Que teu sorriso e o teu beijo é razão da minha poesia!
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Obrigado caríssima; diferente do que recebi, seu belo Bilhete
APENAS UM MBILHETE
Ah! Este é o meu bilhete
Para poder te dizer
E com este ramalhete
No amor que fez nascer
Amor que tudo espera
Ser tua companheira...
Uma que tudo tempera
Mulher pura, verdadeira...
Basta me dizer sim
Isto é o suficiente
Logo seremos um só, enfim
Hoje, agora e sempre contentes
Estaremos unidos
Tocados pelo amor.
Escrito neste bilhete...
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GRANDE POETISA! OBRIGADO POR SUA LINDA INTERAÇÃO
TEU SORRISO
Ah! Este teu sorriso!
Nele, um inigualável brilho,
Que ilumina meus dias.
Este teu sorriso meigo,
É mais do que entende o leigo,
Que não sabe ler poesia!
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Yeyé Braga há 7 meses
Cada vez que aqui venho mais me encanto.
Tens uma fonte de joias literárias.
Mariscas diamantes.
Colhes estrelas e nos presenteia com elas. Aplausos e abraço, Caro Poeta!