A CHEGADA DO INVERNO (I)
Solano Brum
Terra mais distante a noite é mais fria;
Tudo pede aconchego de calor humano!
Eu vejo a plataforma da Estação vazia,
E um único passageiro: O Senhor Outono!
Cada Estação que chega, tece um plano;
Eis que, a Primavera, nos traz a alegria;
- E o Verão? Este, de cara nova, todo ano,
Deixa apreensivo quem dele se beneficia!
Agora ergo os olhos... E este céu nublado
É lembrança como um vento alucinado
Prendendo-me no cerne d’um turbilhão...
Chegando, ela se foi e eu passei sozinho,
“Abandonado em meu próprio ninho,”
Um Inverno triste da minha desilusão!
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INVERNO (II)
Solano Brum
Não me inquiram sobre essa Estação...
Ela é a culpada da minha triste dor;
Dor que atingiu meu pobre coração
Pela despedida de meu único amor!
E a Primavera? - Que me diz, então?
“- É uma Deusa! É sensível como a flor,
Ou a própria flor que antecede o Verão,
Cujo Astro, a tudo aquece com seu calor!”
“-E o Outono?” Ah! Uma Estação amena!
Ator que brilha em qualquer Poema
Trazendo à cena, tristeza e solidão!
Ao Inverno, calo-me! Nunca me fascina,
Tampouco me oferece saborosa rima
Que se degusta numa bela inspiração!
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Deixada como Interação na página da Poetisa Mara Cardoso, em seu
texto sobre o Inverno de, 22/06/2022 T - 7543072
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Is. 40 v 8 “A erva seca e a flor fenece,
Mas a palavra de nosso Deus, eternamente permanece!”
Dedido esta Poesia as saudosas e queridas Poetisas HUL DE LA FUENTE, bem como a Poetisa FAVINHO DE MEL e outros mais que desta, partiram para os Braços do Senhor e que ficarão por lá, cantando suas Poesias.
PELA FÉ, VOLTAREMOS!
Solano Brum
Em um carrossel de luz
O Profeta foi arrebatado...
Assim, Nosso Senhor Jesus,
Também, aos céus, foi elevado!
“Ó Paráclito!” Já podeis vir...
Estamos todos de prontidão!
“- Mais pra frente? - No porvir?
... Será a nossa Salvação!”
Por sermos seus herdeiros,
E pela Promessa feita,
Seremos novos Hebreus...
Os últimos, sendo os primeiros,
Na mesma estrada, refeita,
A caminho do nosso Deus!
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“Veritas lux meã - A verdade é minha luz.”
Buscamos uma Luz e ela está em Sl 119 v 105.
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O PINGUIÇO
Solano Brum
“In vino veritas” – Mas, na cachaça,
Nem verdade, tampouco ato nobre!
Que rima pode ter, senão, desgraça?
Todo usuário, sendo rico, fica pobre!
Toma porre e diz que é por mágoa...
Revela tudo que nunca ousou dizer!
Cachaceiro, pinguço ou pau d’água,
Vive sem amor... Bebe prá esquecer!
Se a nada dá valor, jamais se acerta;
Paga as rodadas, depois, pede fiado,
E há quem se afasta se por ele passa...
E porque eu jogo pedra na vidraça?
Também bebo e é do meu agrado;
E de amor não falo por não ser Poeta!
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“In vino veritas, in aqua sanitas” ** “No vinho está a verdade, na água está a saúde”.
Quero crer que, o Filósofo Plínio, por ser idoso, teve lá suas razões ao pronunciar a frase e Platão, astuciosamente, a proferiu, em seu Banquete, oferecido aos Ilustres Poetas da época.
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RECEBO ESSA INTERAÇÃO COM ALEGRIA POIS, ELA CHEGA A MINHA PÁGINA PARA ABRILHANTÁ-LA AINDA MAIS! OBRIGADO MEU AMIGO POETA.
O INVERNO CHEGOU
Jaco Filho
Aqueço-me com vinho pensando em você,
Mas passado o efeito, só restam memórias...
Calores recíprocos de momentos de glória,
São as chamas que uso num eterno reviver...
Todo inverno reforço meu elo de saudades,
Pra moldar na mente os cenários de alegria,
Que rolavam no frio, e nossa paixão exigia,
Comprometidos apenas, à eterna felicidade...
Apelo os cobertores, que parecem sem vida,
Um reforço em calores, que de fato não tem...
A fonte era seu corpo, que agora, estou sem...
Antes de adormecer chamando-a de querida,
Peço a Deus que me leve, pra viver no além...
Se você não me quer, não serei de ninguém...
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Grande Poeta Herculano, como Outros mais visitantes de minha página. Obrigado
PRIMAVERA DE VIVALD
Herculano Alencar
A flor que ora afoga a partitura
No rio de perfume que lhe sobra,
Assina a autoria desta obra,
Com um rabisco posto na pintura.
A poesia envolve, qual moldura,
O céu que anuncia a Primavera,
Enquanto este poeta, em vão, espera
Apor ao quadro sua assinatura.
A música viaja e eu, debalde,
Procuro, sob o rastro de Vivaldi,
Um verso que fugiu do pensamento.
E enquanto a Primavera se anuncia,
Meu coração, contrito, silencia
E ouve a eternidade do momento.
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