S. Brum
Publico todas porque, não sei quando desta partirei!
( I ) A OBRA DIVINA
Solano Brum
Da argila ao Oleiro... Um ser pensante;
Na vida, vive a construir e a destruir...
Das obras Divinas, é o único diferente
Porque, se possui, opta a nunca dividir.
Um egoísta, calculista, exclusivista...
Vem destruindo o próprio ambiente!
É ladrão, honesto, figurante, artista...
Atua em palco sem ninguém presente!
Explora as espécies que Deus lhe deu,
Não dá valor a nada – nisso, insisto...
E pouco se dá se, doeu ou não doeu...
Não vê, à frente, sequer um palmo;
“Da dúvida à certeza... Logo, existo”,
Mas, é um deus, porque li no Salmo!
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Penso, logo, existo... (R Descartes – “Cogito ergo sum?”
Salmo 82 – 6 “Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós sóis filho do altíssimo”
Agradeço a Poetisa Erivaslucena por seu comentário sempre a altura, concernente ao que escrevi o qual tenho a subida honra de transcrevê-lo:
"Embora sendo filhos do altíssimo
E a Palavra afirmando que são deuses,
Alguns agem como se não fossem,
destruindo as dádivas que do alto receberam.
( II ) SONHOS DE CRIANÇA
Solano Brum
Eu era jovem... Muito jovem ainda
Mas, tanto o olhar discreto, iluminado,
Quanto sua boca pequenina e linda,
Deixavam-me perdido, tonto, encabulado...
Parece que foi ontem... Se jamais finda,
A lembrança é um cometa inflamado!
Dentre todas, na Escola, a preferida...
E ela segredava ser eu seu namorado!
Ah! Quem para o tempo que vai à frente?
Trinta anos como águas d’uma corrente,
Vazaram pelas fendas de minha mão!
Sonhos de outrora... Sonhos de criança!
Na alegria, tristeza, pobreza ou gastança?
"Sim!" Disse a outra ao entregar o coração!
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Versos escritos em 1964 – encontrados numa pasta assim como outros que já foram publicados.
( III ) QUIMICA DO AMOR
Solano Brum
Não a deixei partir, porque chovia
E nosso quarto se inflamava de amor...
“- Não vês que chove?” – Eu lhe dizia...
E ela, voltava da porta ao cobertor!
Nos seus beijos, nos meus beijos, havia
Em tudo um arco íris multicor...
Chovesse mais e mais não deixaria
Que ela deixasse nosso canto acolhedor!
E por tantas vezes lhe dizendo “não”,
A química do amor, sendo combustão,
Fundiu nossos corpos de par em par!
Que desabe o céu como torrente...
Que lampeje ou troveje eternamente...
Eternamente... Comigo hás de ficar!
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( IV ) A POESIA
Solano Brum
O sol se despede do dia, detrás do monte
Inflamando o espaço em tons mesclados!
Desfalece, languidamente no horizonte;
Viajor de estrada, a passos claudicados!
À tarde, efêmera, poucos predicados...
Carece do astro que se põe agonizante!
Brilham estrelas em vãos intercalados
No vestido rodado da viúva esfuziante!
Só a lua perambula com seu clarão,
Arrastando incauta estrela matutina,
Em noite lasciva de prazer e perdição!
Vejo a madrugada abortando o dia,
No exposto quadro que me fascina
De um Pintor que inspirou a Poesia!
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Poesia enviada ao Poeta R Camacho, como Interação.
( V ) OS BEIJOS MEUS
Solano Brum
Diga-me o que queres... Irei buscar...
Imagine o impossível mesmo que seja!
Usarei as velas do barco em alto mar;
As unhas e dentes a qualquer peleja!
Tua vontade é lei... Devo acatar
Por seres mais bela que “Dona Beja;
Mais bela que a rosa; que o luar;
Mais doce que o licor d’ma cereja!”
Se posso adivinhar, perguntarei:
É algo concreto? É alvo invisível?
É o que brilha na amplidão os céus?
É luz do pirilampo? Do Astro Rei?
- Que seja irreal ou que seja crível
Ou quem sabe, talvez os beijos meus!
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Com o sempre, sua Interação meu Caro Poeta, traz um brilho maior a minha página. Obrigado
A POESIA
Jacó Filho
De quem o cosmos descreve,
Com cores, versos e rimas.
É que a poesia emerge,
Coroando as obras primas.
Dividindo a sua luz,
Com os astros que traduz,
Tão belos quanto se deve,
Quem traz a alma divina,
De quem o cosmos descreve,
Com cores, versos e rimas.
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Belissima Interação Caríssima Poetisa. Prazer em publicá-la em minha página. Obrigado.
QUERES
Marisa Sá
Quero o sol na alvorada,
O pôr do sol no entardecer,
A lua ao anoitecer,
O seu sonho na madrugada.
Quero emoções vividas,
No universo a te cobrir,
Entre constelações esquecidas.
No espetáculo do eclipse que há de vir.
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