SONETO (V)
Solano Brum
Poesias minhas... Tuas... Desse nosso amor!
Poesias que, docemente lemos no nosso leito
Exalando perfumes breves de alguma flor,
Que tanto embriagam quanto sufoca o peito!
Minhas Poesias... Nossas... Seja como for!
- Quais outros olhos as lerão, do mesmo jeito
Com que as lemos, sem perceberem o alvor
Da estrela que os espia, lá do firmamento?
Ah! As Poesias... Sempre tuas por merecê-las!
Saem de minh’alma e não posso devolvê-las
Por ter da cunha, o formato do teu coração!
Por isso as tenho e as dou a ti – Como os beijos
Em tua boca, nas pausas, saciando teus desejos
Que é a fonte milagrosa da minha inspiração!
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