A PRESENÇA, - OUTRORA -,
E, A ENTÃO AUSÊNCIA DO AMOR!
Solano Brum
Não mais fomos os mesmos
depois daquele traço
que vimos
no espaço,
numa noite estrelada,
d’um corpo cadente…
- Seu espanto
deu lugar ao desejo...
- O pedido;
o caloroso abraço;
e, de repente,
nossa união estável!
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Nesses longos anos
em que juntos estamos,
(Ah, admirável
mundo moderno!)
os beijos, tornaram-se escassos;
as cobranças, cumularam-se junto aos desenganos;
e, o desamor,
lançou-nos a um Dantesco Inferno!
Inda assim,
juntos,
persistimos
a olharmos
todas as noites
a abôboda celeste,
sem que,
- até então -
não nos foi possível deparármos
- como outrora vimos -
sequer,
com uma tênue fagulha
no espaço,
- que fosse para nos lembrar
do abraço,
ou nos motivar à emoção
de um ósculo,
mesmo sem calor!
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