POESIA -I -

                               Solano Brum
              “Jamais vemos defeitos quando amamos!”


Porque não revelar a todos que a amo?
Sobre ela, a uma pergunta, esperançoso,
Direi “sim!” Enquadra-se no meu plano,
E meu caminho, não será tão pedregoso!

Todavia, ouço quem me diz: - É doloso
O que aspiras! Não vês que o ralo pano
Cobre o esgar de um rosto mentiroso
Que o levará ao mais louco desengano?

E quem o vê?  Os beijos e os amavios
Que me fazem cego à realidade crua,
Turvam-me as infidelidades e desvios!

Só eu sei! - Sou o dono de cada abraço...
E seu condão - justificável enquanto nua,
Faz-me esquecer do vozeio quando passo!
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