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SOLANO BRUM,O PÁSSARO CANTOR
AMOR PERFEITO
Textos
IN MEMORIAM
IN MEMORIAM
                                       Solano Brum

Descansa em paz, em Vila Viçosa,
Os restos mortais de “Florbela Espanca”
A qual, em vida, com alma talentosa,
Cantou o amor, malgrado à temperança!

Cantou a saudade, o desejo, à esperança...
Iluminou o turvo e toda a ação danosa
Com seus Poemas, ora adulto, ora criança,
Irradiados em Alentejo – Vila Viçosa!

Choraram e choram todos os florbenianos...
Mesmo donde estou, meu pranto informal
É tão amargo quanto à dose de Veronal

Que desta, de rimas e glorias a arrebatou!
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Me valho do legado – E o mundo se enlutou!
Do que cantaste a tantos em poucos anos!
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  Florbela d’Alma da Conceição Espanca (Florbela Espanca), filha de João Maria Espanca, que era casado com Mariana do Carmo Inglesa, a qual fora madrinha da menina.
Todavia, os registros da Igreja de N S da Conceição, de Vila Viçosa, no ano de l894, consta como filha ilegítima e pai desconhecido. Curiosamente, a menina fora criada pela madrasta e com o pai, além de um filho de nome Apeles.
O mesmo se dera ao filho, sobre a paternidade. (Filho ilegítimo). Muito frágil, casada, escreveu vários poemas. Sua vida nunca fora tão boa quanto parecia. Casou e descasou e após a morte de seu irmão, escreveu um livro – As máscaras do destino. Foi uma mulher importante na vida social, porém, poucos foram os que a viram mergulhada num abismo de solidão. Florbela, em seu  “Diário do Ultimo Ano”, fez alusão aos olhos de um cão. Entendia ela o que ele pedia, mas não falava. E ressaltou:

“Ah, ter quatro patas e compreender a súplica humilde, a angustiosa ansiedade daquele olhar! Afinal... de que tendes vós orgulho, ó gente?”

Ninguém ousou contestá-la sobre o suposto cão mitológico guardião da morte.
Assim, com o mesmo remédio que lhe controlava a vida, uma dose dupla levou seu espírito ao encontro de Tanatos, deixando, na época, todos mais tristes, - apenas suplantando -, pelo decorrer do tempo, a dor e pranto nas mensagens deixadas, traduzidas e lidas, que cada coração, de quem passa por esse mundo complexo e mal traçado, absorve.                                      
                                                                       N. do autor – Solano brum.
Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 11/04/2016
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